Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Há exatamente 70 anos, integrantes do Movimento Apostólico Schoenstatt pelo mundo comemoravam a inauguração do primeiro santuário do grupo no Brasil, em Santa Maria. O Santuário Tabor, na Avenida Nossa Senhora das Dores, foi o primeiro local em território brasileiro escolhido pelo padre alemão José Kentenich, fundador do movimento, para sediar a reprodução da capela original em Schoenstatt, uma localidade da cidade de Vallendar, no oeste da Alemanha. Neste domingo, a família Schoenstatt comemora o marco histórico com uma programação aberta ao público.
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Na Europa, o santuário que deu origem aos demais era uma capela abandonada, adotada pelo Movimento em 1914, por meio da Aliança de Amor com a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, selada pelo padre Kentenich. Depois da edificação em Santa Maria, outras 22 construções idênticas foram construídas pelo país.
De acordo com a irmã M. Rosequiel Favero, todos os santuários são considerados um centro de espiritualidade e acolhimento. O santuário de Santa Maria, no entanto, é considerado um local especial por conta de seu contexto. Os visitantes se encantam pelo quarto onde o padre fundador se hospedou nas 10 vezes em que esteve na cidade, até hoje preservado na casa das irmãs. O local mantém alguns dos objetos pessoais do padre e a mesa onde ele escreveu a "Carta de Santa Maria", quatro dias após a inauguração do santuário Tabor. A mensagem seria endereçada ao padre Johannes Tick, que coordenava um congresso de famílias na Alemanha. A carta tornou-se o documento de fundação da obra das famílias de Schoenstatt no mundo.
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Tabor, nome de batismo do santuário, faz uma referência ao monte onde Jesus teria se transfigurado e mostrado sua glória brilhando como o sol.
- Ele representa esse momento de Jesus, quando ele mostrou a sua divindade de tal forma que Pedro, um dos três apóstolos que estavam com ele, exclamou: "Senhor, é bom estarmos aqui!". Então, o santuário é especial, porque ele é aconchegante. Muitas vezes, está escrito no altar: "Aqui é bom estar". Esta pequena capelinha tem que ser o nosso Tabor, onde Jesus mostra sua Glória - define a irmã M. Rosequiel.
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
MEMÓRIA VIVA
A tradução da experiência de estar no santuário é confirmada pela devota Helena Bortolotto Ventorini, 79 anos. Ela conta que se sente tranquila e em paz dentro do pequeno templo. Heleninha, como é chamada, esteve na inauguração do santuário no dia 11 de abril de 1948, quando tinha 8 anos de idade. Na época, ela e a família vieram de ônibus de São João do Polêsine para a procissão que marcava a inauguração. No domingo, ela vai reviver a cena já apagada da memória.
- Não sei para quem eu dei, mas tinha até a foto com o padre Kentenich. A gente não tem noção, quando é criança, da grandiosidade do que acontecia, mas, hoje, eu posso dizer de boca cheia que eu estava presente. E, hoje, eu estou embuída dessa espiritualidade de Schoenstatt - diz Heleninha.
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Moradora do Bairro Dores, ela é frequentadora da capela. E, de santuários, ela entende. Já visitou todas as unidades existentes no Rio Grande do Sul e o Santuário Original na Alemanha durante uma excursão religiosa, em 2012.
PROGRAMAÇÃO
Domingo
- 10h - Missa na Igreja Nossa Senhora das Dores, seguida de uma procissão, conforme ocorreu na inauguração em 1948, até o Santuário Tabor
- 12h - Almoço no Centro Mariano
- 15h - Bênção final no Santuário Tabor
- Mais informações - (55) 3221-6114